17 fevereiro 2016

O outro lado do doce chocolate

Em setembro de 2015, foi apresentada uma ação judicial contra a Mars, a Nestlé e a Hershey alegando que estas estavam a enganar os consumidores que "sem querer" estavam a financiar o negócio do trabalho escravo infantil do chocolate na África Ocidental.

Crianças entre os 11 e os 16 anos (por vezes até mais novas) são fechadas em plantações isoladas, onde trabalham de 80 a 100 horas por semana. O documentário Slavery: A Global Investigation (Escravidão: Uma Investigação Global) entrevistou crianças que foram libertadas, que contaram que frequentemente lhes davam murros e lhes batiam com cintos e chicotes. "Os espancamentos eram uma parte da minha vida", contou Aly Diabate, uma destas crianças libertadas. "Sempre que te carregavam com sacos [de grãos de cacau] e caías enquanto os transportavas, ninguém te ajudava. Em vez disso, batiam-te e batiam-te até que te levantasses de novo.

Em 2001, a FDA queria aprovar uma legislação para a aplicação do selo “slave free” (sem trabalho escravo) nos rótulos das embalagens. Antes da legislação ser votada, a indústria do chocolate - incluindo a Nestlé, a Hershey e a Mars - usou o seu dinheiro para a parar, prometendo acabar com o trabalho escravo infantil das suas empresas até 2005. Este prazo tem sido repetidamente adiado, sendo de momento a meta até 2020. Enquanto isto, o número de crianças que trabalham na indústria do cacau aumentou 51% entre 2009 e 2014, segundo um relatório de julho de 2015 da Universidade Tulane. 


Como uma das crianças libertadas disse: "Vocês desfrutam de algo que foi feito com o meu sofrimento. Trabalhei duro para eles, sem nenhum benefício. Estão a comer a minha carne."


As 7 marcas de chocolate que utilizam cacau proveniente de trabalho escravo infantil são:
Hershey
Mars
Nestlé
ADM Cocoa
Godiva
Fowler’s Chocolate
Kraft




Acredito que informações como essas são importantes para refletirmos sobre as atrocidades que acontecem enquanto estamos no modo automático. É verdade que não posso fazer muito daqui do outro lado da tela, mas talvez consiga despertar o senso crítico alheio.

Tairine Vieira, 23 anos, mãe, curitibana, viciada em Grey’s Anatomy e ariana. Não tenho preconceitos com músicas, filmes ou qualquer coisa que seja. Acho que toda história (boa ou não) merece ser contada, por isso estou aqui. Certa vez analisaram minha caligrafia, e disseram que a letra não encosta na linha porque eu sonho demais, o que é verdade, afinal, pés no chão, não é comigo. Eu acredito que o ser humano é movido a paixões, amores e sonhos. Tenho um enorme defeito, rir de tudo que não posso e na hora errada. Costumo me dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo séries e filmes o dia todo. Sou fissurada em fotografias, e amo enxergar a simplicidade nos pequenos detalhes.

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